sábado, 6 de dezembro de 2008















Sabado passado fui a Catembe com 2 amigos. Temos de ir de barco porque fica na margem oposta de Maputo, fomos ao Museu Samora e espreitamos um pequenino hotel com ar simpático (v^-se do outro lado Maputo), mesmo ao lado do mesmo museu. As fotos falam por si. As acácias também.

Revolta pela diferença cultural burocrática


Esta semana senti uma particular revolta por as coisas tomarem um rumo pouco seguro e incerto. Coisas? Sim refiro me apenas à minha situação legal aqui no país, tudo quer comer por algum lado, por motivo de ignorância da minha parte não participei à Migração que tinha saído da Beira aquando do fim do contrato de trabalho, visto ter sido por causa deste contrato que a migração passou me um visto de residência. Bem, como nada disse pensando que podia circular na boa em todo o País e podia facilmente obter outro contrato de trabalho noutro local, qual não é o meu espanto quando vou para renovar o visto e dizem me que devia ter dito às autoridades que tinha saído já da Beira e cobram-me uma multa de 600 euros pelo número de dias desde Abril (saída da Beira) até aos dias de hoje.....is it a joke?

Agora estou a ver se resolvo através de contactos e não está garantido, também escrevi uma carta à Direcção da Migração....

Outra coisa que mexe comigo neste país, é o facto de os Moçambicanos não saberem dizer NÃO, já sabem que não irão fazer o que lhes está a ser pedido, mas dizem que SIM....passado 1 ou 2 dias, vês que nada foi feito. Aqui a palavra não tem verdade, não posso falar em geral, mas reconheço ser uma caracteristica cultural que me "atrofia"..."se não consegues combatê-los, junta-te a eles". Sim, descontrair e ter a consciência que tudo se resolve com tempo e demoras, sem stressar muito.


Tenho ido destressar depois das 17h00 para beira mar, numa esplanada a 5 metros do mar, vento, barulho das ondas, humidade que faz o cabelo embaraçado, e esvazia a cabeça.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Os Maputos da era Portugueza II









A 1ª foto é da construção da estrada da marginal - da costa do sol, do lado direito é o mar.
A 2ª foto é algures num bar da Rua Araújo, na baixa...2 portugueses e uma moçambicana mulata.
A 3ª foto é a alegria dos Sul-Africanos perante a beleza negra das Moçambicanas. Com o apartheid era mais dificil a mistura de raças. Cá, era muito mais livre....
A 4ª foto é no CFM (Caminho de Ferro de Moçambique), mulheres correndo para tirar água de um contentor pertencente ao comboio. O Maquineiro Português "fechou os olhos" diz Ricardo Rangel.






domingo, 23 de novembro de 2008

Os Maputos da era Portugueza I




Estou menos inquieta, mais serena com os vais e vens (chegadas e partidas)....no entanto ponho me a pensar e a passar as imagens dos meus amigos que têm passado aqui...


Hoje teve um dia de calor e humidade.


O Centro cultural Franco-Moçambicano fez uma exposição de fotografias do Ricardo Rangel (fotógrafo Moçambicano, maning conhecido) da época colonial (finais de 60, principios de 70), aqui estão duas que retratam a época nas Rua Araújo em Maputo, uma prostituda linda de olhar perdido na noite....e a época rejubilar da deposição de Portugal em Moçambique, a estátua de Mouzinho de Albuquerque a ser retirada em Maputo. Hoje está "viva" na Fortaleza da cidade.



Em Maputo as ACÁCIAS estão lindas...esta é a cidade das Acácias. Estão em flor vermelha por todo o lado. São árvore lindas. Aqui estão duas muito perto de casa e mais perto da casa do Denis ainda. Tirei ontem.

sábado, 22 de novembro de 2008

as emoções e as partidas IV


Terça feira, escola e aula de Português para estrangeiros...safei me às 12h45 e fui encontrar no Mundos a Cat e os seus 3 colegas. Almoçámos fomos tomar café à minha casa (mesmo ao lado do Mundos), que eles não conheciam. Gostaram da sala grande, da luz, do café....tirámos fotos e dissemos parvoíces e bazámos. Eles acompanharam-me parte do caminho para a escola, visto que o Polana Hotel fica próximo da minha escola e eles partiam nesse dia. Mais uma partida, mais uma angústia dissimulada da minha parte.

Combinei com o Ptiluc à tarde para tratarmos do seu pneu na garagem. Fomos e depois parámos no "Waterfront", um restaurante na marginal, com mesas de madeira e velinhas pequenas nas mesas, um barzinho e um ambiente informal e diversificado. Ele partiria para Inhambane no dia seguinte. Inhambane fica a 500 km norte de Maputo e na costa. Ali há uma praia incrível que se chama Tofo e pode se fazer mergulho. Ele tem lá uns amigos franceses e vai fazer uma reportagem para uma revista francesa sobre mergulho (aproveita várias coisas na sua viagem - o mergulho, os desenhos, as estórias, as fotos, os corais, o artigo para a revista e rever os seus amigos). Depois ele sobe até à Ilha de Moçambique, fica aí alguns dias também e volta a subir pela Tanzania, Quénia, Sudão, etc... Se tiver sorte continua a viagem até ao Chad (Centro África), senão deixa a sua mota aí no Chad e apanha um avião para o sul de França onde vive.

O Ptiluc mostrou me fotos no seu Mac, da mulher, da filha adoptada (filha da sua mulher), de quando era novo e algumas mais. Falámos sobre religião, sobre a consciência, sobre as pessoas, sobre a vida, sobre...sobre....muito bom...partilhar ideias e ideiais, sobretudo se tens empatia!!!!

Apareceu uma amiga dele, conhecida de outros tempos e lugares, filha de Portuguesa e de Angolano. Muito nice por sinal. Encontro relâmpago!!!! Ela tinha de sair. Gostei de observar, como dois amigos se encontram passado tanto tempo noutras circunstâncias agora! Eu tirei lhes uma foto...Como ele disse que tem dificuldade em lembrar se das caras que encontra na vida, pedi-lhe para me tirar uma foto. Qual paparazi, não acabava mais, devido á falta de luz, e eu sem maneira de posar. Não gosto de pose....montámos na moto e ala que se faz tarde, rumo a casinha. Que regalada que estava, mas que inquieta também!!!! Despedimo-nos com um até ao México!!!! E umas mãos apertadas fortemente, fruto de uma amizade recém adquirida...O nosso amigo Vincent (Belga-Francês), vai viver para o México a partir de Janeiro. Não gosto de despedidas, desejei boa estrada e disse-lhe que não tinha tido medo de ser sua pendura, que ele conduz "doucement", é um elogio vindo da minha parte e o Ptiluc sabe porquê. Virei costas e segui para o meu prédio, com o coração apertado...mais uma partida....virei me e ele já ia conduzindo "doucement", acenámos as mãos.....


as emoções e as partidas III


Entretanto a Cat, minha amiga estava chegando na segunda passada de Lisboa, em trabalho. É hospedeira. Já não a via desde Setembro, quando esteve cá em voo. Mais uma chegada e mais uma partida.
O Ptiluc também estava a prever partir rumo à sua viagem, terra acima na Quarta. O Vincent já tinha ido nessa segunda de manhã. O Ptiluc deu me boleia para o "Zambi". Restaurante muito nice, parece que estamos na Europa (confirmei depois)...Cheguei encharcada, chovia muito, mas encharquei me tanto na minha gialing acelera na Beira este ano, que para mim até era uma benção. O Ptiluc preferiu bater em retirada. Não faz o género dele ir jantar com pessoas (que não conhecia num restaurante chique, além disso ele come "light" à noite). Fui ter com a Cat ao "Zambi", onde estava com toda a tripulação da TAP. Levei 2 amigos, o Denis (amigo Francês que vive cá na cidade) e o Trevor (cinquentão Sul Africano) que partilha o flat com o Denis. Assim, juntámo-nos aos Tugas recém-chegados. Lulas grelhadas e camarões, as novidades da minha familia e amigos, o clima em Lisboa e outras informações sobre a vida pessoal. Saímos dali e fomos tomar um chá e bolos a casa do denis com a Cat e 3 colegas. Recebi revistas tugas, jornais, cartas de jogar, lápis de cor, bolachinhas, castanhas, as minhas calças que pedi à Mãe.....que bom, eu estava radiante !!!!!!!

as emoções e as partidas II


No dia seguinte fomos os 4 (os franceses e eu) comer uma pizza. O Vincent iria sair para Joburg (Joanesburgo) no dia seguinte. Despedi-me....mas quando cheguei a casa já estava angustiada, um nó na garganta.

Como o Ptiluc precisava de ajuda para procurar um pneu e eu ajuda dele para ver uma mota trail em 2ª mão, combinámos encontrarmo-nos. Chovia maning, então ficámos no Mundos a fazer tempo bebendo uma cervejinha. Perguntava-lhe qual o objectivo da sua viagem. Respondeu: esvaziar a cabeça....vider ma tête...

Ainda são muitos quilometros, desde aqui até França. Sózinho!!!! Teria de haver um propósito, não? Quando só chovia miúdinho, fomos a uma garagem e apesar de ter o meu impermeável, as minhas claças ficaram molhadas, mas já o Ptiluc ficou na boa, com o seu fato macaco impermeável. Lá conseguimos que montassem o pneu na roda da mota.



as emoções e as partidas I



Estes últimos dias foram maning emotivos por várias razões, uma delas foi a partida do meu amigo Vincent. Conheci o na Beira cidade. Ele já trabalhava lá há 4 anos, através da cooperação francesa e o seu trabalho era dar formação de francês aos professores Moçambicanos. Ele é belga-francês. Passou aqui por Maputo uns 3 dias, antes de sair de Moçambique. Combinei com ele e com amigos dele franceses que moram cá, sairmos. Almoçámos no mercado do peixe, onde há peixe fresquinho e cerveja gelada. Ficámos pelo menos 3 horas e como tinhamos um peixe de 7kg para devorar, nem conseguimos acabar, apesar de sermos 5, 4 homens e eu. Eles não comem assim tanto.

Apareceu o Ptiluc, um amigo do Vincent que está cá de passagem em Maputo, é francês e veio para fazer a viagem na sua BMW 1000 África acima até França. O seu job é cartoonista.
O Ptiluc ganha a vida a desenhar cartoons com estórias, tal como este que se vê aqui do mercado do peixe em Maputo. Tem um talento engehoso. É magro, de média estatura, tem 52 anos e é filho das revoluções, a da Algéria, apesar de ser aliás Belga e não Francês. Tem viajado de mota por África, sobretudo a África oeste, os países francófonos.
Quando saímos do mercado, deu me boleia até casa, mas propos que fossemos os 4 montados na mota :)...

domingo, 2 de novembro de 2008

Video EU ACUSO

A Plataforma das ONGDs Portuguesas lançou um video publicitário para mediatizar a diferença entre África e Europa. Os muros reflectem as barreiras entre os dois continentes.
Os compromissos não têm sido compridos...
a espreitar:

sábado, 1 de novembro de 2008

Life here and there


Cada vez acredito mais nas pessoas e que a vida tem um propósito ou um sentido a seguir. Estamos cá por alguma razão. Damos e recebemos. Iremos sempre receber, mesmo se demorar mais tempo, ou não for logo de imediato.

Nos últimos tempos não tenho rezado, nem falado com ELE, mas ELE está lá e eu sinto isso.
Pergunto me às vezes o que ando a fazer, que vida tenho, o que acontecerá, mas secalhar o melhor mesmo é viver o aqui e agora, é viver o presente e viver bem. Dar o melhor de mim para mim e para os outros, o resto virá por acréscimo. Assim faz sentido, assim existe um propósito de existência.

A minha existência nos últimos meses tem sido rodeada de crianças, no trabalho e em casa.
Faz me pensar, faz me sentir e faz me imensamente bem. Faz me sentir útil, mas sentir querida, faz me sentir que existe um sentido em tudo isto.

Se acreditar mais nas pessoas e depositar mais confiança nelas, receberei mais...tudo com sensatez.

Tenho saudades da minha Lisboa, da família, dos amigos, da minha casa. Aqui, em Maputo, não me sinto em casa, mas estou bem, o tal propósito existe e faz sentido. Alguma coisa que ainda não descobri em profundidade, mas que me dá um gozo, e bem estar.



Halloween e weekend

Sabado de manhã, café Paraiso, net, jornal e trabalho.

Ontem à noite comi ostras pela primeira vez no Clube Naval, regado com vinho tinto.

Ontem foi o Halloween na escola, houve desfile de máscaras e concurso do doce mais horrendo e mais gostoso. Os miúdos adoraram. Os professores também.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


agora

Maputo, sexta feira final de tarde, está frio na rua e faz relâmpagos, no entanto não quer dizer que não haverá conbibio logo. Semana árdua de trabalho e gratificante também.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

















e foi nesta cidade que cheguei quase há 1 ano, em Nov 07.

por aqui

Finalmente!!!!!

Já estava a ver que nunca mais começava a escrever coisas sobre o que vejo passar à frente.