
domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Estória real 1
Esta é uma estória real de Maputo, vivi de perto, ninguém me contou......
Tenho um amigo Moçambicano que tem 29 anos. Há 6 anos vivia em casa dos seus pais, com o seu irmão mais velho 2 anos e a sua irmã mais velha 1 ano do que ele. De repente, a Mãe morreu, faleceu no local de trabalho....o Pai resolveu alugar a casa onde a familia vivia e partiu para a cidade da Beira, 2ª cidade do País, a 1100 km de Maputo. A irmã alugou uma casa, já tinha uma filha de 2 aninhos. O irmão foi viver com ela...o irmão tinha e tem problemas com alcool e o meu amigo alugou uma dependência (local tipo sotão com um terraço minimo) no mesmo prédio. Actualmente ainda vive lá. Ele vive de comissões, vendas de plasmas, tvs, videos, laptops, tudo aquilo que der para ser intermediário....sobrevive...ganha para poder comer nesse próprio dia. Tem conta no banco, mas está a zeros e não pode guardar dinheiro na dependência, porque a porta não tem tranca.
Se ganha mais algum dinheiro nas comissões à sexta feira, significa que não vai guardar no banco, pois fecha às 15h, e há de o gastar nos copos, com certeza...e lá se vai a guita, pode ser 5, 10, 15, 20 ou mais euros, equivalente da moeda de cá, o metical.....
O irmão vive ora com ele, na dependência, ora com a irmã na casa alugada de 15 metros quadrados....mais a sobrinha.....Ela cozinha espectacularmente bem...é asseada e dinâmica...o irmão...está doente, claro....não faz nada...vê tv todo o dia, tem 31 anos....
O meu amigo trabalha e inventa trabalhos para comer o pão todos os dias, lava a sua roupa, passa a sua roupa, e gasta o dinheiro em comer fora, pois não tem cozinha na dependência.
Quem o conhece não diz que vive onde vive. Tem brio e sabe arranjar se, de forma simples e limpa. Tem muito paleio, claro, vende...e precisa de vender....
Admiro o muitissimo porque faz pela vida, aliás não tem alternativa, senão ficaria sem comer...quantas vezes não partilhámos frango assado e batatas fritas nos take away????Quantas vezes não lhe mandei crédito de 5, 10, 15, 20 meticais (menos do que 1 euro), para ele fazer os contactos dele na rua, para arranjar os clientes para os plasmas...dei lhe porque quis....1 euro..o que é isso, quando ao fim do dia precisas de comer e no dia seguinte arranjar diferentes maneiras de contactar people para comeres...
É duro, é demasiado....sugeri-lhe para o pai dele (que não é pobre) pagar lhe um curso de informática (daqueles intensivos) e que ele fosse fazer comissões arranjando PCs...ele falou ao Pai, mas o pai nada...vive na Beira.
A luta dele era com o irmão, falava e falava e falava e mais paleio, e mais paleio, por causa da bebida....mas só sai quem quer...é como a toxicodependência....
NIGHT Largo do CARMO e Noite Africana

Ruinas do Convento do Carmo
29 de Maio, 5, 19 e 26 de Junho
22h30 Entrada Livre
Dança e Música Noitadas no Carmo
Agora que o calor já nos faz transpirar, é tempo de calçar a sandália e tirar do armário o vestido às bolinhas ou risquinhas. Sim, porque se o que vamos (aprender a) dançar é algo como o folk tradicional, é melhor irmos bem preparados para isso. Os eventos são organizados pela tradballs, portanto experiência têm eles quando toca a levantar o pé do chão e pôr todo o mundo a dançar (talvez mais em modos celtas ou italianos que brasileiros). Música e dança, não vos parece apetitoso? Vá, não tenhamos vergonha, um passo de cada vez, dando a mão ao colega do lado não custa tanto. Todos na mesma roda e imaginem, nas medievais Ruínas do Carmo à noite! Soam-me a sorrisos e gargalhadas. Prometem ser noites mágicas, onde realmente “tudo pode acontecer…” Elisewin
e.....
Agora que o calor já nos faz transpirar, é tempo de calçar a sandália e tirar do armário o vestido às bolinhas ou risquinhas. Sim, porque se o que vamos (aprender a) dançar é algo como o folk tradicional, é melhor irmos bem preparados para isso. Os eventos são organizados pela tradballs, portanto experiência têm eles quando toca a levantar o pé do chão e pôr todo o mundo a dançar (talvez mais em modos celtas ou italianos que brasileiros). Música e dança, não vos parece apetitoso? Vá, não tenhamos vergonha, um passo de cada vez, dando a mão ao colega do lado não custa tanto. Todos na mesma roda e imaginem, nas medievais Ruínas do Carmo à noite! Soam-me a sorrisos e gargalhadas. Prometem ser noites mágicas, onde realmente “tudo pode acontecer…” Elisewin
e.....

Bacalhoeiro , R. dos Bacalhoeiros, nº125, 1º e 2º
SABADO
21h
Gratis para sócios Ser sócio 8€
Jantar + Concerto + DJ Noite Africana
Parece que a Primavera vai emergir da depressão em que tem estado mergulhada. Vem calor à séria, dizem. Por isso largo a sugestão: vamos brincar às àfricas? Temos o sabor e a cor, com o jantar africano. Temos os sons, com os concertos de kora e mais instrumentos tropicais (Galissa) e a música reggae-afro-beat-funk (LadyGBrown) . Depois é fechar os olhos e imaginar o cheiro e a vista, e dançar (de preferência descalço) até se dar a Pangeia e os continentes ficarem outra vez separados pelo oceano. É todo um novo mundo numa noite. E um corpo novo, que depois de passar a noite a abanar a anca como se não houvesse amanhã e a mexer até os ossinhos com os nomes mais esquisitos, nada será o mesmo. Catarina Rebelo
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Champions League
Tou a ver Manchester e Barça, o Braça ja marcou....rodeada de mtas pessoas em várias mesas...é na surf 2, um cafe wireless com vidros de cima abaixo e o verde do jardim do lado de fora.
Está renhido, o Denis baldou se p vir ver o jogo, foi p a cama....o Trevor está aqui no café, mas na esplanada...montaram um grande plasma fora...e o Fernando Tuga ficou de vir cá ter.....
até logo
terça-feira, 19 de maio de 2009
Aventuras com a moto e não só...
Desde que comprei a bike, a mota trial, que já parti o cabo de embraiagem duas vezes, a corrente saltou outras duas em andamento (5ª velocidade)....a sorte foi que com a "soltura" da corrente, à noite, encontrei sempre pessoas altamente prestáveis, que me ajudaram com caixas de ferramentas, gordura própria para colocar na corrente, etc...foram eles que fizeram tudo...eu só via, aprendendo....A sorte foi estas pessoas morarem na mesma rua (estrada) por onde eu circulava e terem ido a casa buscar as ferramentas. Nisto, tiro o chapéu aos Moçambicanos....claro que ajuda o facto de ser mulher e branca, e de raramente verem mulheres em motas grandes.
Na verdade, parece que já sou conhecida nesta cidade, facto que não me emociona nada. Mas sim, gosto que os policias me reconheçam, porque uma vez que me pedem os documentos da mota e verificam que tenho tudo em ordem, NUNCA MAIS ME CHATEIAM!!!!!!!!!!!!!!!!
Ontem à noite, ao sairmos do Zambi (restaurante na marginal), dei uma boleia a um brada português....iamos beber um copo à Rua do Bagamoyo. 3 carros e a mota, pois a policia quando nos viu, mandou me parar só a mim, porque ele (meu pendura) não tinha capacete...ok, ele saltou para o carro dos amigos e eu fiquei um pouco ali, para falar com os policias. Dizia-lhes:
- Srs Agentes, sabem bem que nunca multam ninguém por não usar capacete ( aqui a maioria dos crosseiros não usam capacete)....e então será que me mandaram parar devido à cor da pele????
- Não, a lei diz que devem usar capacete.
- É verdade, então porque nunca vi multarem Moçambicanos, nem os alertarem pelo facto de não usarem capacete?
Eles queriam DINHEIRO, não dizem, mas aqui já sabemos como a coisa funciona....FILHOS DA....
À parte disso, na Sabado gramei 2 horas no meracdo da estrela (tipo um mercado onde encontras tudo...tudo...roubado também), porque o meu mecânico trabalha lá mesmo, na rua, num local onde tem motas....e fico lá no meio dos fumos, dos bandidos que olham e metem-se, mesmo estando ao lado do Alex (mecânico) sentada num banquinho de madeira, olhando e aprendendo mecânica....mas depois safei me dali...para a Aldeia cultural (fecharam umas ruas principais ao trânsito) e dispuseram tendas com teatro, danças tradiconais, danças contemporâneas, franguinhos, birras, etc...que bom foi encontrar malta amiga e CONSUMIR CULTURAAAA...
quinta-feira, 14 de maio de 2009
A putização da juventude maputense!
Este é um texto, o qual não sei quem é o autor, mas é muito interessante e retrata a realidade de Maputo actualmente!!!!!!!!!!!!!!
Aqui vai....
Trata se uma realidade triste, muito séria num texto que em linguagem forte, por vezes mesmo rude, aborda uma situação muito, muito grave, neste nosso Maputo... (o problema da droga ficou de fora)
A putização da juventude maputense!
Prostitutas sempre houve na nossa cidade. Era uma grupo relativamente pequeno, de moças e mulheres de parcos rendimentos, de familias pobres, que usavam o que Deus lhes deu e a ganância dos homens, para sobreviver economicamente. Ocupavam certos passeios, zonas de certos bairros e bares de certas ruas.
Mais recentemente, o grupo vem alargando-se, em número, em motivações, em métodos e em extractos sociais. E em género. As moças já não se prostituem só para não passarem fome. Prostituem-se para pagar a universidade. Para poderem comprar na Loja das Damas. Para poderem ir ao Coco´s. Já não trabalham só nas ruas, nos bairros da periferia ou nos bares da Rua de Bagamoyo. Passaram a ocupar mesas no Sheikh, no Mundo´s, no Lounge. Já não são pobres moças do subúrbio, são filhas da “classe média” que vivem em apartamentos pagos pelos Srs. Directores, conduzem carros pelos Srs. Directores, viajam à custa dos Srs. Directores. Director aqui representa toda essa classe de homens bem-posicionados, para quem a prova de masculinidade passa pelo número de moças que vivem à sua custa. O facto de serem um bando de otários que acaba por sustentar não só a moça, a família da moça, mas também o namorado da moça, escapa-lhes, de tanto estarem deslumbrados pela sua recém-adquirida nova-macheza, irmã gémea da sua nova-riqueza.
Ao grupo das moças, juntou-se o grupo dos moços. São os que “servem” as kotas. As mulheres dos tais Directores. Abandonadas no lar familiar - os maridos estão sempre nas sextas-feiras do homens, bebem tanto que já são impotentes, e gastam o Viagra e o Enzoy apenas para provar às suas mocinhas que ainda são homens, e com extra cash com que os maridos compram a sua permanência no lar, saiem em busca dos moçoilos jovens, altos, fortes e sempre sedentos de cash para sustentar os vícios, as namoradas, os fins-de-semana, as roupas, os celulares da moda, etc.
A kota paga cash, mas também paga o ginásio, os cursinhos, etc. Em troca, recebe a ilusão de satisfação e prazer. Uma minoria, mas crescente, desses moços já recebe carros, apartamentos e viagens ao estrangeiro.
Um fenómeno mais recente são os jovens que se vendem a sectores da comunidade gay. Este é o grupo mais prostituto. Pode argumentar-se que os outros fazem por dinheiro e benefícios materiais o que regularmente fariam na sua vida do dia-a-dia: sexo com o sexo oposto. A maioria dos jovens que se vende a membros da comunidade gay não tem apetências sexuais por homens.. Mas, hoje em dia, por dinheiro, pela quantia certa de dinheiro, vale tudo. If the price is right... Alguns tentam manter uma risível aparência de dignidade masculina, dizendo: “eh, pá, eu só dou, não levo!”. Outros, pela quantia certa, entregam a boca e o cu e tudo o mais que o master quiser comprar. If the price is right... E até trazem outros bradas para a jaula do leão, se for preciso. Viram recrutadores. A troco de comissão. Viram os cafetinos de estimação. Têm direito a whisky, onde os outros só bebem cerveja. Têm direito a emprego, onde os os outros só recebem envelopes de dinheiro. Têm direito a cursinho, onde os outros só levam dinheiro para o fim-de-semana no Coco´s.
Infelizmente, esta minoria da comunidade gay que usa o poder do livro de cheques para adquirir a satisfação que é incapaz de conquistar por mérito próprio, essa busca interminável e inatingível do garanhão perfeito, está a criar não só um ambiente insustentável para o resto da comunidade, como emporca-lha a reputação da comunidade.
Hoje em dia já é comum para qualquer caça-centavos desgraçado, qualquer aspirante a menino bem, chegar perto de alguém que ouviu dizer ser gay e perguntar: “ouve lá, pá, quanto é que me pagas para eu te fuder?”! “És gay? Quanto pagas?”! Pagar o quê, para quê? Como se fosse a coisa mais óbvia que (1) todo o gay está tão desesperado por homem que fode com qualquer um que lhe apareça à frente e (2) todo o gay paga dinheiro por sexo e só consegue sexo por dinheiro. A situação está de tal modo, que até gays de condição económica inferior já começaram a fazer por dinheiro aquilo que sempre fizeram só por prazer. Basta que o outro gay tenha aparência de melhor posição sócio-económica. É a reprodução do modelo prostituto hetero dentro da comunidade gay.
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