terça-feira, 31 de março de 2009

Grande Hotel da Beira


O antes e depois


o sorriso, a fanta e a manica







O Grande Hotel na cidade da Beira (2ª do País, e onde vivi o ano passado, cerca de 6 meses), foi inaugurado nos anos 70. Era sumptuoso, com uma piscina de 25 metros, bem localizado, em frente à praia, com centenas de quartos e todos os serviços inerentes aos grandes hoteis de qualidade. Com a independência, foi ocupado por numerosas familias.

VER FOTO ACIMA, O ANTES E O DEPOIS.
Hoje em dia tem cerca de 3500 familias que não querem abandonar o hotel. A água não é potável e têm de ir buscá-la nas áreas circundantes, a energia arranjam com baterias engenhosas. Existe um género de mediador, que é uma pessoa eleita pela comunidade para moderar os assuntos da vizinhança, desavenças e todo o género de situações desacato.

Nunca cheguei a entrar no hotel, apesar da curiosidade, para entrar teria de ser sempre com alguém que vivesse lá. O ano passado morava, duas ruas paralelas atrás do hotel, que tem uma vista magnífica para a praia e oceano. Passava todos os dias de passola (acelera) para ir e vir para casa, e conhecia apenas a malta das bancas que vendia frente ao hotel.

As fotos a preto e branco foram tiradas recentemente por um fotógrafo Austríaco. São meninos e jovens que vivem no hotel. São boas fotos!!!!!!

Boutiqui fashion di Maputo





quinta-feira, 26 de março de 2009

Na Baixa a dar voltinhaaaaassssss

Ópera Crioulo, CCB- 27 e 28 de março de 5 a 25 erois




A explosão de uma cultura em palco. “Crioulo” transporta consigo a plasticidade, o ritmo, o movimento e a voz de um povo, circulando entre acontecimentos históricos do passado e presente. Esta ópera de António Tavares e Vasco Martins reúne, no Grande Auditório do CCB, um elenco verdadeiramente excepcional. Sara Tavares, Carla Simões, Coro Voces Caelestes e Quarteto Artzen juntos em dois dias de espectáculo, que promete fazer vibrar até o espectador mais apático. Uma hora e cinquenta minutos numa viagem pelo repertório musical inspirado no batuque, Mandiga, Kotocos, “coleixa”, morna, “tabanka”, “valsinha” e nos tambores de “sanjõn”; onde a dança percorre o espaço cénico desenhando imagens da história, escrita com sangue, lágrimas e suor.

Ciclo de Cinema African Screens, Cinema São Jorge, VÃO AO SITE




Começando já hoje e espraiando-se pelos próximos fins-de-semana de Maio, chega a África em película a LX. Ou melhor, revela-se o melhor e actual cinema africano em Lisboa (com filmes feitos em, para e sobre esse continente do meio) e a africana lisboeta floresce junto com ele – debatendo as mais que muitas problemáticas artísticas e sociais e assumindo a maior e mais bela pretensão da comunidade, a da desejada e necessária abertura do Centro Cultural Africano que já se aponta para 2012. No entretanto da espera passam 40 filmes nas salas da Avenida apresentando as interessantes realidades do cinema africano francófono e do fenómeno de Nollywood. Espreita o programa no sítio – quero-te ao meu lado na sala de cinema!

Malta, não percam em Lisboa, festejem por mim já AMANHÃ, Festa Guia da Noite



Escorregam rebolam sempre os noctívagos pela Bica abaixo vindos do Bairro e querendo chegar ao Cais – ao Lounge – ao Cacau – a Santos – ao Souk – a qualquer lado onde a noite se prolongue. Ocupando o espaço vago deixado pela ausência nocturna do funicular, ziguezagueando entre a multidão compacta e escapando no último segundo de ser tragados pelos loucos do camião da recolha, fica-se sempre uns longos minutos pela Bica para uns dedos de conversa, uma bebida e um veggie burguer. Este é o sítio ideal para lançar o #5 n. do Guia da Noite – LX Mag em festa ao som de LadyGBrown e saltitando entre o Bicaense, o Funicular, o Baliza, Pop Up e n outros! A gente é linda por aqui e só tu fazes aqui falta, tomamos (um)a Bica?

terça-feira, 24 de março de 2009

Cinema Dream of Life, Cinema City Classic Alvalade| Av de Roma, 100,17h, 19h15, 21h40, 5,70€


Cinema Dream of Life

25 de Março


A maioria de nós acha que conhece a Patti Smith. Ícone do feminino apesar da aparência desleixada. Cantora rock que cospe para o chão durante os concertos. Adepta de causas como a paz e o ambiente. Depois de ver este documentário, chegamos à conclusão que conhecemos muito pouco dela. Apenas o lado musical. E o resto? A poetisa que se cruzou com Edgar Allan Poe, Allen Ginsberg ou William Burroughs. A artista que fala de Picasso e Pollock e que gosta de sentir a textura das telas. Dos outros ou das suas. A mãe carinhosa. A mulher simples que ainda mantém o sorriso de miúda. Filmado ao longo de 11 anos, Patti Smith: Dream of Life surpreende totalmente. Pela fotografia. Pela edição. Pela música. E sobretudo pela intimidade que consegue. A não perder. Mesmo. Folha


le cool magazine

Geração Magalhães

Recolhidas em Escolas do 1º Ciclo portuguesas:

O Papa vive no Vácuo (!?)
- Antigamente na França os criminosos eram executados com a Gelatina (pelo menos assim não doía tanto)
- Em Portugal os homens e as mulheres podem casar. A isto chama-se monotonia. (é frustrante que até na 2ª Classe já pensem assim...)
- Em nossa casa cada um tem o seu quarto. Só o papá é que tem de dormir sempre com a mamã. (um destino terrível...)
- Os homens não podem casar com homens porque então ninguém podia usar o vestido de noiva. (que pena ahh)
- Um seguro de vida é o dinheiro que se recebe depois de ter sobrevivido a um acidente grave. (Certo! E estas pessoas em regra vivem com outro nome no Brasil)
- Os meus pais só compram papel higiénico cinzento, porque já fui utilizado e é bom para o ambiente. (Que bom!)
- Adoptar uma criança é melhor! Assim os pais podem escolher os filhos e não têm de ficar com os que lhe saem. (pois é, com os animais de estimação também funciona assim!)
- Adão e Eva viviam em Paris. (sim, sim lá também é Paradisíaco)
- O hemisfério Norte gira no sentido contrário do hemisfério Sul. (viver ao longo do Equador deve ser muito divertido)
- As vacas não podem correr para não verterem o leite. (que bom saber isso)
- Um pêssego é como uma maçã só que com um tapete por cima. (nunca tinha pensado nisto!)
- Os douradinhos já estão mortos há muito tempo. Já não conseguem nadar! (conseguem sim! No óleo da frigideira)
- Eu não sou baptizado, mas estou vacinado. (esta tenho que ensinar aos meus filhos!)
- Depois do homem deixar de ser macaco passou a ser Egípcio. (mmm... isto ainda não sabia!)
- A Primavera é a primeira estação do ano. É na Primavera que as galinhas põem os ovos e os agricultores põem as batatas. (nunca mais como batatas) - O meu tio levou o porco para a casota e lá foi morto juntamente com o meu avô. (bem, se o avô já lá estava...)

Desculpem, não tenho soluções, Mário Crespo, JN, 16-03-2009

Ouvir dizer ao mais alto nível do Estado que não há soluções para o horror do desemprego é ouvir dizer que o Estado faliu. Meia centena de trabalhadores despedidos de fábricas em Barcelos e Esposende tiveram essa experiência de anticidadania.
Numa visita, o presidente da República foi confrontado com um grupo de desempregados que empunhavam cartazes pedindo ajuda. Foi ter com eles e disse-lhes que não tinha nenhuma solução para os seus problemas.Para um chefe de Estado é proibido dizer isso aos seus concidadãos e depois embarcar num carro alemão de alto luxo e cilindrada, acenando, apoquentado, aos que nada têm.
É isso que faz querer que os ricos paguem as crises.Só se é chefe de um Estado para trabalhar na busca de soluções e encontrá-las. Sem isso não se é nada. Ser presidente em Portugal não é um cargo ritual.
O presidente tem nas mãos ferramentas poderosas para influenciar o destino do país. Pode nomear e demitir governos, chamar agentes executivos e executores, falar aos deputados sempre que quiser, reunir conselheiros, motivar empresários, admoestar ministros e deve, sobretudo, exigir resultados. Ser chefe de Estado em Portugal inclui poderes executivos, e como tal, ter responsabilidades de executivo.
Ao dizer que não tem soluções para as vítimas do descalabro que há três décadas estava em gestação no país onde ocupou os mais elevados cargos, o presidente da República dá à Nação a mensagem de que nem ao mais alto nível há o sentido da responsabilidade nem a cultura de responsabilização.Ao dizer aos desempregados de Barcelos que nada pode fazer, o presidente diz a todo o Portugal que o Estado e o seu sistema não são mais do que um imenso círculo de actores autodesresponsabilizados que vão passando a batata-quente de uns para os outros.
Depois destas declarações aos desempregados, o célebre letreiro "The Buck Stops Here", que Roosevelt tinha na sua secretária, não tem lugar na mesa de trabalho do presidente português.
Com esse letreiro, que equivale a dizer que a batata-quente não passa daqui, Roosevelt lançou as bases da maior economia do Mundo das cinzas da grande depressão. Em Portugal, na maior depressão de sempre, o presidente diz que não tem soluções. Devia tê-las. Aníbal Cavaco Silva desde Sá Carneiro que participa no Governo. Dirigiu executivos durante a década em que Portugal teve a oportunidade histórica de ter todo o dinheiro do Mundo para se transformar num país viável.
Mesmo com a viabilidade da economia questionada, Cavaco Silva, como profissional que é, regressa à política com uma longa e feroz luta pela presidência da República. Assumiu-se como a "boa moeda" que conseguiria resistir às investidas das "más moedas", na sua cruel pedagogia da Lei de Gresham, que foi determinante para aniquilar um governo do seu próprio partido e dar-lhe a chefia do Estado.
É um homem de acção impiedosa e firme, quando a quer ter.Se o pronunciamento que fez de não ter soluções para esta crise foi uma tentativa de culpabilizar só o Governo, então foi de um insuportável, mas característico, tacticismo. Se foi sincero, então foi vergado pelo remorso, e anunciou que a sua longa carreira de político e de homem público chegou ao fim.

Crónica de Mia Couto,publicada na ed. de Fevereiro da revista África 21

A nova ministra
"Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas."
- Meu querido marido, escutou o noticiário?-
-Não. Há novidades importantes?
-Diz o noticiário que você deixou de ser ministro.
- Afinal, eu ainda era ministro?
- Disseram que era. Não sabia?
- Tinha uma vaga ideia. Mas acho que se enganaram, também estes jornalistas divulgam cada coisa, sabe como é: jornalismo preguiçoso...
- Mas aquilo era um comunicado oficial. E disseram claramente o seu nome. Eu não fazia ideia. Pensei que era só empresário.
- Ai é? Saí no noticiário? Mostraram a minha foto?
- Não. Mas, diga-me lá, marido, você era Ministro de quê?
- Ministro dos Assuntos Gerais. Uma coisa assim... Já agora, você reparou se disseram quem era o novo ministro?
- É um dos anteriores vice-ministros.
- Afinal havia mais que um?
- Havia sete vice-ministros.
- Sete? Eh pá, aquilo não era um Ministério, era um Vice- Ministério.
- Fica triste, marido?
- Bom, pá, paciência. Mais importante são os meus cargos nas 15 grandes empresas.
- Ontem, no nosso jantar, você disse que eram 35...
- Minha querida, você escutou mal. Não há, no país inteiro, 35 grandes empresas. Aliás, a maior parte dos empresários de sucesso ainda anda à procura de empresas.
- Não entendo essa matemática.
- É que, no nosso país, há mais empresários que empresas.
- Trinta e cinco... Trinta e cinco são os nossos anos de casados. E estou tão orgulhosa de si, meu ex-ministro, você foi sempre tão ambicioso...
- Ambicioso, não. Ganancioso.
- E qual é a diferença?
- O ambicioso faz coisas. O ganancioso apropria-se das coisas já feitas por outros.
- Você apropriou-se de mim que fui feita por outros.
- Isso é verdade, cara esposa. Uma coisa é verdade: vai-me fazer falta o poder.
- O poder? Não me diga que lhe está faltar o poder, marido?- Alto lá, falo apenas do poder político. Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas.
- Mas, marido, eu também tenho empresas, você diz que colocou uma data de empresas em meu nome.
- Tem razão, minha querida. Vou usar das minhas influências e pedir para você ser nomeada Ministra.
- Eu, Ministra? Para quê?
- Que é para, a partir da agora, você abrir empresas em meu nome.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Brincadeiras em casa





O Hadi e Nemeesha com a tia no final do dia, na quarta feira, para eu sair para a rua depois foi um cabo dos trabalhos....

My bike



Finalmente tenho meio para me deslocar na cidade. Tive uma semana sem capacete, mas agora ja tenho um. 200 CC, chinesa e bonita!

quarta-feira, 11 de março de 2009

O Centro cultural FRANCO MOÇAMBICANO



Praça da Independência frente
ao Franco-Moçambicano

O Centro cultural Franco-Moçambicano I

O Centro cultural Franco-Moçambicano II

Trabalho aqui às sextas feiras, dando apoio na língua inglesa. É um local maningue conhecido por divulgar e promover a cultura francófona juntamente com outros sons ou imagens (música e exposições) de outros países africanos francófonos.
Em Maputo é considerado talvez o place onde mais há concertos, juntyamente com o bar Gil Vicente, mesmo do outro lado da rua.

terça-feira, 10 de março de 2009

other90.cooperhewitt.org




A população mundial é de aproximadamente 6,5 mil milhões de habitantes. Destes, estima-se que 5,8 mil milhões não têm acesso a grande parte dos produtos e serviços que damos por garantidos e metade mal tem comida, água potável e um tecto.Este site é um esforço por parte de designers, engenheiros, estudantes, professores e arquitectos, para providenciarem soluções eficientes e baratas para aumentar o acesso a comida, água, energia, educação, cuidados de saúde e transportes para os mais pobres e marginalizados, os “outros 90%”. Este site foi criado para sensibilizar e dar mais visibilidade ao projecto, assim como recolher apoios e outras ideias. Cada objecto pode transformar a vida de inúmeras pessoas, revelando assim um outro lado do design, que não busca a beleza ou a criatividade artística, como vimos no Designboom, mas o engenho e a utilidade.

Onde há crise, há esperança




O Padre Vasco Pinto Magalhães, um jesuita que conheço e pessoa que admiro, com o qual já tive algumas boas conversas, um homem sábio, editou em Dezembro último este livro, "Onde há crise. há esperança", da editora tenacitas. Comprem, porque as suas palavras confortam e animam, sem sairem da realidade! Aqui ficam alguns das seus "pensamentos":
Tudo em nós é um processo de maturidade de vida, de identidade pessoal, de maturação de sentimentos. É um trabalho que cada um pode e tem de fazer consigo próprio e que depende muito das relações que tem com os outros. Por um lado tem de ser o próprio a agarrar a sua própria realidade com ambas as mãos, por outro é uma coisa que ninguém faz sozinho. É velha esta verdade de que ninguém se consegue aceitar a si próprio se não se experimenta aceite por outro.
É útil meditar na alegria que temos no meio de nós e que tantas vezes não aproveitamos por distração, por andarmos desfocados a absolutizar o que não interessa, a reinventar falsas seguranças, à espera de deuses por empréstimo. Estes falsos deuses do sucesso fácil e do egoísmo não trazem alegria mas são os que anunciamos todos os dias!É útil meditar na alegria que temos no meio de nós e que tantas vezes não aproveitamos por distração, por andarmos desfocados a absolutizar o que não interessa, a reinventar falsas seguranças, à espera de deuses por empréstimo. Estes falsos deuses do sucesso fácil e do egoísmo não trazem alegria mas são os que anunciamos todos os dias!

"Serendipismo", uma palavra que vem da cultura oriental e passou para a psicologia, significa o dom ou a capacidade de encontrar respostas, coisas valiosas e agradáveis, sem as procurar directamente. A paciência ajuda muito a este fenómeno, que não é nenhuma magia nem é meramente sorte. Acontece, imensas vezes, as coisas aparecerem sem as procurarmos. Temos essa capacidade quando estamos numa atitude de abertura e liberdade interior, quando andamos com as antenas ligadas, sem ansiedade nem stress. Sabemos que as coisas vão acontecer na hora certa e que a realidade está sempre a ensinar-nos, ainda que por linhas tortas.

É decisivo para o seu crescimento saudável que a pessoa, desde muito cedo, se sinta aceite. Aceite não significa um sentimento de indiferença, um tanto me faz, um eu engulo tudo, um como te apetecer sem verdade nem exigência. Aceitar outra pessoa significa dar a essa pessoa a possibilidade de ela estar diante de mim sem que tenha necessidade de se defender, de se mascarar ou de estar na expectativa de aprovação. Significa que pode ser ela própria.